O melhor Natal é aquele onde cabe a imperfeição!
Com o início de dezembro dou por mim a pensar no significado do Natal, mas sobretudo noto alguma tensão interna provocada pelo conflito sobre se gosto realmente desta altura do ano ou não. Sei que para algumas pessoas esta dúvida é incompreensível – adoram tudo no Natal! Mas muitas vão identificar-se – as alegrias do Natal vêm “embrulhadas” em inúmeros desafios. Este texto é para as últimas e reúne algumas estratégias que me têm ajudado a disfrutar desta época de forma mais gratificante.
Garanto, porque é o que alguns estudos confirmam (Kasser & Sheldon, 2002), que vai encontrar maior satisfação se privilegiar conectar-se com os outros e se preferir estar presente, em vez de se desdobrar e desgastar no consumismo do Natal.
saiba maisBurnout? Queima sobretudo quem se deixa incendiar!!
Qualquer pessoa pode ficar exausta. O que é tão penoso no burnout é que atinge sobretudo pessoas que estão altamente empenhadas no seu trabalho: não é possível queimar, quem não se deixa incendiar! Pessoas que têm uma visão mais cínica do trabalho, não tendem a envolver-se tanto e a ficar tão profundamente desiludidas e por isso não entram em burnout. Mas é claro que ter um trabalho de que não se gosta e sobretudo onde se sente que não se tem autonomia, também pode conduzir ao burnout.
saiba maisReféns das próprias emoções
Este livro de João Carlos Melo, psiquiatra e psicoterapeuta, surpreendeu-me pela simplicidade, clareza, mas sobretudo humanidade com que está escrito.
Como psicóloga agradou-me particularmente a identificação das diversas intervenções (especializadas e mais generalistas) que ocupa parte do último capítulo, bem como uma sugestão de guia prático mesmo no final.
saiba maisA zanga complica a sua vida?
Alguns de nós lidamos com a zanga de uma forma que nos complica a vida!
Mas não tem de ser assim!
A zanga é uma emoção primária, saudável, que desencadeia uma resposta de fuga ou luta, de forma que possamos proteger-nos, ou que nos ajuda a estabelecer limites num conflito.
Conheça algumas estratégias para responder à zanga de forma saudável
Melhore a sua saúde mental, cultivando a incerteza!
Se sente que a chegada do Outono o afeta, de forma negativa, e que isso tem algo a ver com uma certa angústia com a mudança, uma forma de criar tolerância à incerteza é inclinar-se para ela — cultive a incerteza em vez de fugir dela!
Como é que isso se faz? Abdicando das rotinas que o fazem sentir em controlo!
saiba maisO meu inconsciente coletivo, de Tati Bernardi
Tati Bernardi coloca o seu inconsciente à nossa disposição, no podcast – Meu Inconsciente Coletivo, recordando sempre a importância de não nos levarmos demasiado a sério.
saiba maisSeja a melhor lição de setembro para os seus filhos!
Setembro chega à maioria das famílias envolto num misto de alegria e tristeza. O regresso à escola e ao trabalho representa por um lado o fim das férias, mas também dias mais estruturados, com mais rotinas, que, para quem tem filhos, por vezes, são tão necessárias. Para todos é uma época de emoções e de ajustamento, mas também uma oportunidade de aprendizagem e crescimento.
Como ajudar?
Inspiração para psicólogos empreendedores!
O Rebel Therapist é um podcast onde tenho encontrado toneladas de inspiração e ferramentas verdadeiramente úteis, na vertente empreendedora da minha profissão. A Annie Schuessler é psicoterapeuta e coach de negócios orientada especificamente a área da psicologia.
saiba maisLivros que convidam ao prazer!
Porque o verão e as férias são um convite ao desfrute este “Inteligência erótica”, da Esther Perel, pode ser uma ótima sugestão para repensar a sua intimidade, assim como o livro da Ana Carvalheira ”Em defesa do erotismo”, que nos leva “ao coração da nossa sexualidade – o erotismo”.
Ambos introduzem questões muitos atuais, e utilizam uma linguagem simples e acessível.
saiba maisUma emoção por dia, nem sabe o bem que lhe fazia!
Quantas vezes já deu por si a pensar que gostaria de poder livrar-se das emoções, sobretudo as desagradáveis? – embora também há quem não adore emoções fortes, mesmo que sejam agradáveis.
Isso seria uma péssima ideia!
Porquê?
Porque as emoções ajudam-nos a identificar o que é importante. Dizem-nos o que necessitamos e, portanto, indicam o caminho para satisfazer as nossas necessidades.
São as emoções que nos permitem relacionarmo-nos e dar resposta às expetativas e exigências da vida. Em última análise as emoções ajudam-nos a sobreviver, dando-nos uma forma eficiente e automática de responder rapidamente a situações emergentes. Esta é uma das razões por que há mais emoções desagradáveis que agradáveis. São as emoções desagradáveis que nos ajudam a sobreviver (sem MEDO, não nos saberíamos proteger do perigo, sem ZANGA, não saberíamos colocar limites, etc).
O que nos causa problemas não são as emoções em si, mas a forma como lidamos com elas, sendo que é verdade que por vezes as emoções são bastante confusas. Nem sempre nos dão a informação exata sobre o que se está a passar.
saiba maisSer perfecionista é mau?
Quantas vezes já deu por si a pensar: “se não for para ficar perfeito, nem vale a pena começar” ou “não sei se vou conseguir, por isso nem vou tentar”? E quantas vezes já demorou 30 minutos a reescrever um e-mail de duas frases? E quando lhe perguntam o que seria perfeito para si, e se abre um vazio na sua mente. Provavelmente isto acontece por é perfecionista.
E ser perfecionista é mau?
Depende!
Hoje sabe-se que o perfecionismo pode ser positivo, adaptativo e funcional quando reflete uma motivação pessoal para alcançar algo através de esforços apropriados e não apenas para receber aprovação dos outros. O perfecionista “normal” não está muito preocupado com a avaliação que os outros fazem do seu desempenho e por isso aceita que pode cometer erros. Apesar de colocarem objetivos ambiciosos para si mesmos, acabam por ter expetativas realistas. O problema surge quando o perfecionismo é negativo, desadaptativo ou disfuncional.
saiba maisO poder do testemunho! Owning It: The Anxiety Podcast
Há um poder enorme no testemunho. Saber que não estamos sozinhos ajuda a aliviar parte do sofrimento associado à dor, e é por isso que este podcast é tão interessante, para quem sofre com a ansiedade.
A Caroline Foran é jornalista, editora, autora e tem uma perturbação de ansiedade, que se tornou o tema central dos seus livros e também do seu Podcast – OWNING IT.
saiba maisOs livros de autoajuda, ajudam?
Depende. Há alguma evidência de que a leitura de livros de autoajuda, focados em determinados temas, tende a ser útil para pessoas com problemas específicos, em determinadas circunstâncias (Bergsma, 2008), embora não se encontre na literatura artigos que confirmem a sua eficácia no tratamento de transtornos psicológicos. A verdade é que as consequências positivas e negativas deste tipo de autoajuda são um assunto negligenciado na psicologia académica, o que é uma pena porque eventualmente são um excelente canal para fazer chegar alguma literacia em psicologia à população em geral.
É preciso não perder de vista que a saúde mental é um continuum, e que o que diferencia o normal do patológico é muitas vezes a frequência e intensidade dos sintomas, e é em função disso que deve definir-se qual a ajuda necessária.
saiba maisFique no momento presente!
Proponho que faça um exercício. Feche os olhos e pense naquela discussão que foi tão intensa que chegou a temer pela sua integridade. Note quais são os pensamentos que lhe ocorrem e como se sente. Eventualmente vai pensar coisas como “eu devia ter dito…”, “se eu tivesse…”, “para a próxima eu….” e muito provavelmente o seu corpo vai ficar mais tenso, a sua respiração mais ofegante, o seu coração pode até acelerar ligeiramente, pode sentir um nó no estômago ou um aperto na garganta. Na verdade, não há nada que possa fazer para alterar aquela discussão: já não está lá!. O simples reviver desse momento leva a um conjunto de pensamentos, que desencadeiam emoções (raiva, zanga, medo) que potenciam respostas fisiológicas desagradáveis.
E se eu lhe disser, que muitas vezes andamos neste estado (enrolados no passado, ou no futuro) sem nos darmos conta, e por isso andamos tensos, sem perceber o porquê. É o chamado piloto automático! Quantas vezes já lhe aconteceu ir de casa para o trabalho e no momento em que se senta à secretária, não faz ideia do percurso, nem onde estava a sua cabeça – não estava presente (estava perdido em pensamentos acerca do futuro ou do passado).
saiba maisGuia prático para vencer a ansiedade
Gosto mesmo muito deste livro – Guia prático para vencer a ansiedade, do Diogo Telles Correia e do José de Almeida Brites! Rigoroso do ponto de vista científico, claro, fácil de ler, mesmo para quem não seja da área, e prático.
Acho particularmente interessante a forma como o livro está estruturado: começa por explicar o que é a ansiedade, de que forma a psicoterapia pode ajudar e como encontrar profissionais adequados; aborda algumas estratégias que ajudam genericamente na gestão da ansiedade (respirar, relaxar e meditar); define e apresenta estratégias especificas para cada tipo de ansiedade; aborda a utilização de medicação nos casos em que os exercícios de autoajuda e/ou a psicoterapia não são suficientes e termina com um conjunto de dicas para ajudar amigos/familiares que sofrem com a ansiedade.
saiba maisAnsiedade é medo! Medo de quê?
Quantas vezes já deu por si a pensar “Eu só queria desligar a mente, e parar de me preocupar! ”? É frequente as pessoas falarem de si como aquela pessoa “que se preocupa por tudo e por nada?”
Pois é … o que o faz estar assim é o medo de que algo de mal, que não pode controlar, possa vir a acontecer. Situações do dia a dia relacionadas com a saúde, com os outros (filhos, pais, amigos, companheiros), com o trabalho, são sentidas como ameaçadoras. Por isso sente um nervosismo constante, inquietação, fadiga, dificuldade em concentrar-se, por vezes “tem brancas”, sente tensão muscular e pode ter dificuldade em adormecer ou em manter-se a dormir [pode ter uma perturbação de ansiedade generalizada].
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