
O melhor Natal é aquele onde cabe a imperfeição!
Com o início de dezembro dou por mim a pensar no significado do Natal, mas sobretudo noto alguma tensão interna provocada pelo conflito sobre se gosto realmente desta altura do ano ou não. Sei que para algumas pessoas esta dúvida é incompreensível – adoram tudo no Natal! Mas muitas vão identificar-se – as alegrias do Natal vêm “embrulhadas” em inúmeros desafios. Este texto é para as últimas e reúne algumas estratégias que me têm ajudado a disfrutar desta época de forma mais gratificante.
Garanto, porque é o que alguns estudos confirmam (Kasser & Sheldon, 2002), que vai encontrar maior satisfação se privilegiar conectar-se com os outros e se preferir estar presente, em vez de se desdobrar e desgastar no consumismo do Natal.

Fique no momento presente!
Proponho que faça um exercício. Feche os olhos e pense naquela discussão que foi tão intensa que chegou a temer pela sua integridade. Note quais são os pensamentos que lhe ocorrem e como se sente. Eventualmente vai pensar coisas como “eu devia ter dito…”, “se eu tivesse…”, “para a próxima eu….” e muito provavelmente o seu corpo vai ficar mais tenso, a sua respiração mais ofegante, o seu coração pode até acelerar ligeiramente, pode sentir um nó no estômago ou um aperto na garganta. Na verdade, não há nada que possa fazer para alterar aquela discussão: já não está lá!. O simples reviver desse momento leva a um conjunto de pensamentos, que desencadeiam emoções (raiva, zanga, medo) que potenciam respostas fisiológicas desagradáveis.
E se eu lhe disser, que muitas vezes andamos neste estado (enrolados no passado, ou no futuro) sem nos darmos conta, e por isso andamos tensos, sem perceber o porquê. É o chamado piloto automático! Quantas vezes já lhe aconteceu ir de casa para o trabalho e no momento em que se senta à secretária, não faz ideia do percurso, nem onde estava a sua cabeça – não estava presente (estava perdido em pensamentos acerca do futuro ou do passado).